Não é à toa que a palavra sertanejo vem de sertão. Foram nas áreas rurais que esse gênero começou a surgir, quando trabalhadores de fazendas e tropas de gado se reuniam ao fim do dia para comer, beber e contar histórias, geralmente em torno de uma fogueira e acompanhados de uma viola.
Inspirado por essas modas, o pesquisador, jornalista e escritor Cornélio Pires decidiu gravar um disco com fragmentos de músicas típicas do interior paulista, de Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Lançado em 1929, a obra esgotou-se rapidamente nas lojas, marcando o início oficial do gênero.
Nessa época, as composições eram muito relacionadas à vida no interior, passando por questões como as paisagens bucólicas e as diferenças da realidade urbana. Algumas duplas conhecidas eram, por exemplo, Mandi e Sorocabinha, Mariano e Caçula e Tonico e Tinoco.
Suas composições eram normalmente chamadas de música caipira, mas, hoje, são classificadas como sertanejo raiz. Além desta, outras três fases principais de sertanejo surgiram ao longo dos anos, trazendo ritmos, instrumentos e temas diversos para o gênero já conhecido.
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